A morte está anunciada e ressoa nas paredes sujas de um bar. No Junkbox uma música de Bob Dylan. Ele abre os braços e diz: "Tem uma bala da agulha, baby, e ela é pra mim!"
Os versos saem de sua voz rouca gutural: maltratam os que vivem à noite e cospe os que vivem ao dia.
"Il existe une balle dans l'aiguille", repetia ele ao elegante filho da puta e sua amante entre um copo e outro de wisk.
O mundo era pequeno demais para ele ou ele era tão grande que o mundo não suportava.
Ela vê o poeta em uma poça de sangue e grita: "Meu Deus! Ele fez".
Ela chora.
Ele ri: "Relaxa, baby! Era o que eu queria".
As pessoas se escondem por detrás de sorrisos rotos e cansados. Se perdem em meio a multidão de olhos que serpenteiam ao acaso.
Um riso frouxo e um abraço.
Ninguém nunca saberá o motivo dessa dor.
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