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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A MORTE DO POETA MALDITO

A morte está anunciada e ressoa nas paredes sujas de um bar. No Junkbox uma música de Bob Dylan. Ele abre os braços e diz: "Tem uma bala da agulha, baby, e ela é pra mim!"
Os versos saem de sua voz rouca gutural: maltratam os que vivem à noite e cospe os que vivem ao dia. 
"Il existe une balle dans l'aiguille", repetia ele ao elegante filho da puta e sua amante entre um copo e outro de wisk.
O mundo era pequeno demais para ele ou ele era tão grande que o mundo não suportava.
Ela vê o poeta em uma poça de sangue e grita: "Meu Deus! Ele fez". 
Ela chora. 
Ele ri: "Relaxa, baby! Era o que eu queria". 
As pessoas se escondem por detrás de sorrisos rotos e cansados. Se perdem em meio a multidão de olhos que serpenteiam ao acaso. 
Um riso frouxo e um abraço. 
Ninguém nunca saberá o motivo dessa dor. 

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