Blog poéticoliricoartisticomusicoteatral de Alessandra Cavagna "a essência é o espírito da matéria por isso ando com os pés descalços e a alma nua sobre a terra para nunca me perder em meus percalços" Alessandra Cavagna
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terça-feira, 31 de maio de 2011
Rosas Violêntadas - Abalando as Estruturas
Este vídeo faz parte de um trabalho que eu, com meu grupo de teatro Impávida Troupe e com parceria com as Católicas pelo Direito de Decidir, apresentamos no Parque do Carmo em 05 de dezembro de 2010
como parte do projeto Arte e Cultura no Enfrentamento da Violência Contra as Mulheres, de CDD - Católicas pelo Direito de Decidir que, em 2010, teve por objetivo incentivar o uso da arte para eliminar toda forma de violência contra as mulheres.
Católicas pelo Direito de Decidir contou, para esse projeto, com o patrocínio da Secretaria de Políticas para as Mulheres e o apoio da CPTM, ATB Comunicações, Cozinha da Matilde; Armário Sem Portas e Conectiva.
A música juntou as pessoas... com o teatro ela abalou as estruturas!!!!
Conto de Fadas para Mulheres do Século 21
Era uma vez,
numa terra muito distante, uma linda princesa,
independente e cheia de auto-estima que,
enquanto contemplava a natureza e
pensava em como o maravilhoso lago do seu
castelo estava de acordo com
as conformidades ecológicas,
se deparou com uma rã.
Então, a rã pulou para o seu colo e disse:
-"...Oh!!! Linda princesa,
escuta-me por favor...
eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e eu
transformei-me nesta rã asquerosa.
Mas, um beijo teu, no entanto,
há de me transformar de novo
num belo príncipe e poderemos
casar e constituir um lar feliz
no teu lindo castelo.
A minha mãe, uma senhora bastante prestativa,
jovem, bonita, inteligente e loucamente
apaixonada por mim, poderia vir morar conosco,
e tu, linda princesa, poderias preparar o meu jantar,
lavarias as minhas roupas,
criarias os nossos filhos e
viveríamos felizes para sempre.
Naquela noite, a linda princesinha,
enquanto saboreava pernas de rã à sautée,
acompanhadas de um cremoso molho acebolado
e de um finíssimo vinho branco,
sorria e pensava:
-"...Ah!! Ah!! Ah!!...Nem Fudendo..."
Luís Fernando Veríssimo
numa terra muito distante, uma linda princesa,
independente e cheia de auto-estima que,
enquanto contemplava a natureza e
pensava em como o maravilhoso lago do seu
castelo estava de acordo com
as conformidades ecológicas,
se deparou com uma rã.
Então, a rã pulou para o seu colo e disse:
-"...Oh!!! Linda princesa,
escuta-me por favor...
eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e eu
transformei-me nesta rã asquerosa.
Mas, um beijo teu, no entanto,
há de me transformar de novo
num belo príncipe e poderemos
casar e constituir um lar feliz
no teu lindo castelo.
A minha mãe, uma senhora bastante prestativa,
jovem, bonita, inteligente e loucamente
apaixonada por mim, poderia vir morar conosco,
e tu, linda princesa, poderias preparar o meu jantar,
lavarias as minhas roupas,
criarias os nossos filhos e
viveríamos felizes para sempre.
Naquela noite, a linda princesinha,
enquanto saboreava pernas de rã à sautée,
acompanhadas de um cremoso molho acebolado
e de um finíssimo vinho branco,
sorria e pensava:
-"...Ah!! Ah!! Ah!!...Nem Fudendo..."
Luís Fernando Veríssimo
Aforismo 125
O Louco ou O Insensato
Nietzsche
O homem louco saltou em meio a eles e
trespassou-os com o olhar. “Para onde foi
Deus?”, clamou. “Eu vos quero dizê-lo!
Nós o matamos, vós e eu! Nós todos somos
seus assassinos! Como, porém, o fizemos?
Como pudemos tragar o oceano?
Quem nos deu a esponja para remover o inteiro
horizonte? Que fizemos nós, quando
desprendemos esta terra de seu sol? Para
onde se move ela, então? Para onde nos
movemos nós? Longe de todos os sóis?
Não nos precipitamos sem cessar? Para trás,
para o lado, para frente, de todos os lados?
Há ainda um alto e um baixo? Não erramos
como através de um Nada infinito? Não
nos bafeja o espaço vazio? Não ficou mais
frio? Não vem sempre a noite, sem cessar, e
mais noite? Não temos que acender candeeiros
pela manhã? Nada ouvimos ainda do
rumor dos coveiros, que sepultam Deus?
Nada sentimos ainda do cheiro da decomposição
divina? Também os deuses se decompõem!
Deus morreu! Deus permanece
morto! E nós o matamos! Como é que nos
consolamos, nós os mais assassinos de todos
os homicidas? O que o universo possuiu
de mais santo e poderoso até agora sangrou
sob nossos punhais – quem enxuga de
nós esse sangue? Com que água poderíamos
nos purificar? Que cerimônias de ex-
piação, que divinos jogos teríamos que inventar?
A grandeza desse feito não é demasiado
grande para nós? Não teríamos que
nos tornar nós mesmos deuses, para apenas
parecer dignos dele? Jamais houve um feito
maior – e quem tenha alguma vez nascido
depois de nós pertence, por causa desse feito,
a uma história mais elevada do que foi
toda história até agora!”.
Nietzsche
O homem louco saltou em meio a eles e
trespassou-os com o olhar. “Para onde foi
Deus?”, clamou. “Eu vos quero dizê-lo!
Nós o matamos, vós e eu! Nós todos somos
seus assassinos! Como, porém, o fizemos?
Como pudemos tragar o oceano?
Quem nos deu a esponja para remover o inteiro
horizonte? Que fizemos nós, quando
desprendemos esta terra de seu sol? Para
onde se move ela, então? Para onde nos
movemos nós? Longe de todos os sóis?
Não nos precipitamos sem cessar? Para trás,
para o lado, para frente, de todos os lados?
Há ainda um alto e um baixo? Não erramos
como através de um Nada infinito? Não
nos bafeja o espaço vazio? Não ficou mais
frio? Não vem sempre a noite, sem cessar, e
mais noite? Não temos que acender candeeiros
pela manhã? Nada ouvimos ainda do
rumor dos coveiros, que sepultam Deus?
Nada sentimos ainda do cheiro da decomposição
divina? Também os deuses se decompõem!
Deus morreu! Deus permanece
morto! E nós o matamos! Como é que nos
consolamos, nós os mais assassinos de todos
os homicidas? O que o universo possuiu
de mais santo e poderoso até agora sangrou
sob nossos punhais – quem enxuga de
nós esse sangue? Com que água poderíamos
nos purificar? Que cerimônias de ex-
piação, que divinos jogos teríamos que inventar?
A grandeza desse feito não é demasiado
grande para nós? Não teríamos que
nos tornar nós mesmos deuses, para apenas
parecer dignos dele? Jamais houve um feito
maior – e quem tenha alguma vez nascido
depois de nós pertence, por causa desse feito,
a uma história mais elevada do que foi
toda história até agora!”.
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