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Esta semana foi tomada por um debate que há muito tempo já deveria ter vindo à tona: Ativistas invadiram os laboratórios do Instituto Royal em S. Roque e resgataram 200 filhotes de cães da raça Beagle. As redes sociais ficaram em polvorosa: de um lado pessoas solidárias se manifestavam à favor da ação direta outros defendiam a legitimidade da ciência. Ciência esta que em nome de um saber maior, usando como justificativa o desenvolvimento de tecnologia avançada para ajudar em tratamentos e salvar vidas. No entanto se utiliza de cobaias vivas para isso. Sabemos que estes testes são obsoletos e podem muito bem ser substituídos por outros. Nesse sentido a ciência está acima da vida, seja ela humana ou não humana.
Essa fetichização da ciência como se fosse um semi-deus serve aos objetivos do capital, já que quando ela não cumpre sua função é totalmente execrada.
Vejamos: Tais laboratórios são parte importante para manter a engrenagem do sistema funcionando. Geram remédios para as doenças que eles mesmos fabricam. Até hoje não se descobriu a causa nem a cura da AIDS. Doença surgida nos anos 80, foi de fundamental valor para exterminar grande parte da população...pobre, negra, artistas e militantes políticos, trocando em miúdos, personas non gratas à sociedade elitista.
Os laboratórios de cosméticos fabricam produtos para manter um padrão de beleza e estética onde mulheres, e mais recentemente também homens são aprisionados e enquanto se deslumbram em seu narcisismo esquecem os problemas do mundo. Sendo assim, tudo o que é feio, gordo, negro, não serve, pois não podem se deparar com sua própria face.
Já quando essa mesma ciência desenvolve tecnologia para tratamentos com o uso de células-tronco ela se torna vil e marginal. Por que não se pode usar embriões gerados in vitro, e que nem sequer tem desenvolvido seu sistema neurológico? Porque temos que lutar pela preservação da vida humana e blablabla.
Tendo como base essa dicotomia, pergunto: "A quem serve essa ciência e qual é a verdadeira função de quem defende tais paradigmas?"
Por isso, meus amigos, na atual conjuntura eu grito em dó maior: VAMOS SOLTAR OS CACHORROS!!!
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